Warning: Undefined array key 0 in /home/u124809001/domains/blog.ideaxtremegood.com/public_html/wp-content/plugins/easy-table-of-contents/easy-table-of-contents.php on line 1787
Apesar do discurso de união contra o Ocidente, os BRICS fecham acordos com EUA individualmente para preservar seus próprios interesses
1. Introdução – A incoerência estrutural do bloco BRICS
O grupo BRICS surgiu com o propósito de reconfigurar a ordem global, reunindo nações emergentes que buscavam maior protagonismo econômico e político fora da órbita ocidental. Fundado formalmente em 2009, o bloco contava inicialmente com Brasil, Rússia, Índia e China, ganhando a adesão da África do Sul em 2010. No entanto, a mudança mais significativa veio em janeiro de 2024, com a incorporação de Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, consolidando os 10 países atuais dos BRICS (THE GUARDIAN, 2025).
A retórica oficial da organização é centrada na construção de um mundo multipolar e na diminuição da dependência do dólar. Contudo, os desdobramentos geopolíticos recentes expõem fissuras profundas. Em 2025, após a volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, as tensões comerciais se intensificaram. Em resposta, diversos membros do bloco passaram a firmar acordos diretos com Washington, revelando que os BRICS fecham acordos com EUA de forma cada vez mais recorrente e estratégica. Essa tendência se fortalece à medida que a cooperação entre BRICS e americanos substitui o ideal de união contra o Ocidente.
Casos emblemáticos ilustram essa incoerência. A Índia está entre os principais protagonistas. Após encontros diplomáticos com o vice-presidente J.D. Vance, o país acelerou um acordo bilateral com os EUA para evitar tarifas e preservar seu comércio exterior (AP NEWS, 2025). Como parte dos acordos individuais dos BRICS com os EUA, a Arábia Saudita firmou um pacto de defesa de US$ 142 bilhões, além de um pacote de US$ 600 bilhões em investimentos (REUTERS, 2025). Os Emirados Árabes Unidos mantêm um acordo estratégico de defesa e tecnologia desde 2024 (WHITE HOUSE, 2024). Mesmo a África do Sul, historicamente engajada no BRICS, segue beneficiando-se de programas como o AGOA e o TIFA, que ligam sua economia aos Estados Unidos (WIKIPEDIA, 2025).
Esse comportamento evidencia que os BRICS negociam com os Estados Unidos por motivos pragmáticos. As decisões são guiadas pela realpolitik, não pela ideologia. O próprio chanceler russo, Sergei Lavrov, revelou que a proposta de criação da moeda comum — símbolo máximo da suposta integração — partiu de Lula (PODER360, 2025), mas não encontrou adesão prática. O resultado é um bloco fragmentado, onde tratados diretos BRICS e EUA crescem, enquanto o discurso coletivo se enfraquece. Cada país do BRICS em diálogo com Washington prioriza suas próprias metas econômicas, deslegitimando a retórica de integração global.
Diante disso, não resta dúvida de que os BRICS fecham acordos com EUA por conveniência política e comercial. O que se apresenta ao mundo como uma frente alternativa ao poder americano é, na prática, um conjunto de nações negociando seus próprios interesses — muitas vezes com o próprio “inimigo” declarado. A parceria bilateral BRICS–EUA não é exceção: é a nova norma.

2. Índia – A diplomacia estratégica entre dois mundos
Entre todos os membros do BRICS, a Índia talvez seja o exemplo mais refinado de equilíbrio diplomático entre interesses opostos. Embora formalmente engajada nos discursos do bloco em prol da multipolaridade e da autonomia financeira, o país mantém uma trajetória consistente de parceria bilateral BRICS–EUA, agindo com autonomia em sua política externa. Esse comportamento ficou evidente em 2025, quando, diante das novas tarifas propostas pelo governo Trump, a Índia adotou uma postura pragmática: reforçou laços com os EUA em vez de se alinhar a uma reação coordenada dentro do BRICS.
Na primeira semana de julho, o vice-presidente americano J.D. Vance viajou a Nova Délhi para discutir um mini acordo comercial com o governo de Narendra Modi. O objetivo era blindar a Índia das tarifas impostas aos países do BRICS considerados “antiamericanos” por Washington (AP NEWS, 2025). Essa movimentação comprova que os BRICS fecham acordos com EUA de forma isolada, priorizando seus interesses nacionais em vez da suposta lealdade ao bloco.
Essa estratégia diplomática indiana já não é novidade. Historicamente, o país manteve alianças militares com a Rússia, mas ampliou a cooperação tecnológica com os Estados Unidos nas últimas duas décadas, principalmente nos setores de semicondutores, satélites e defesa. Essa lógica de segurança e desenvolvimento não é incompatível com sua participação nos BRICS, desde que se entenda que a Índia não busca submeter-se a blocos ideológicos, mas sim multiplicar suas opções. Ao integrar o BRICS e, simultaneamente, buscar acordos individuais dos BRICS com os EUA, a Índia fortalece sua posição global e amplia sua margem de manobra.
Além do aspecto comercial, o governo indiano vê com desconfiança a proposta de uma moeda única do BRICS, originada por iniciativa do Brasil. O Banco Central da Índia demonstrou, mais de uma vez, reservas quanto à viabilidade técnica e política de substituir o dólar em operações internacionais. Isso reforça a percepção de que os BRICS negociam com os Estados Unidos enquanto mantêm uma fachada de união multilateral.
O caso da Índia ilustra como tratados diretos BRICS e EUA são mais comuns do que se imagina. Ao adotar uma postura de “não alinhamento pragmático”, Nova Délhi se destaca entre os países do BRICS em diálogo com Washington, consolidando acordos que lhe garantem vantagens estratégicas e econômicas. Na prática, a cooperação entre BRICS e americanos não é uma exceção para a Índia — é uma diretriz.
Enquanto a liderança do BRICS continua promovendo um discurso anti-hegemônico, a Índia trata sua inserção no bloco como uma ferramenta, não como um compromisso. E por isso, mais do que qualquer outro membro, ela demonstra com clareza que os BRICS fecham acordos com EUA porque a realidade do sistema internacional exige flexibilidade, e não ideologia.
3. Arábia Saudita e Emirados Árabes – O pragmatismo do petróleo e da segurança
Quando se analisa o comportamento dos novos integrantes dos BRICS, dois países se destacam por seu alto grau de pragmatismo estratégico: Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Apesar de terem aderido ao bloco com discurso de apoio à multipolaridade e à desdolarização, ambos mantêm relações históricas, profundas e ativas com os Estados Unidos. E mais do que manter: eles ampliaram significativamente essa parceria em 2025. Esses dois casos evidenciam com clareza que os BRICS fecham acordos com EUA não por exceção, mas por cálculo político e econômico.
No caso da Arábia Saudita, a guinada foi visível. Em maio de 2025, o então presidente Donald Trump escolheu Riad como destino de sua primeira viagem internacional. Lá, selou um acordo de defesa de US$ 142 bilhões, além de um pacote adicional de investimentos comerciais e energéticos de US$ 600 bilhões (REUTERS, 2025). Esse gesto representou não apenas uma reafirmação da parceria tradicional, mas também uma resposta contundente à tentativa do BRICS de criar um ambiente econômico paralelo ao dos EUA. Trata-se de uma das parcerias bilaterais BRICS–EUA mais significativas desde a expansão do bloco.
Os Emirados Árabes Unidos seguiram o mesmo caminho. Ainda em 2024, firmaram um acordo estratégico com os EUA que abrange segurança, tecnologia e cooperação energética (WHITE HOUSE, 2024). Mesmo após sua entrada no BRICS em janeiro de 2024, o país manteve total alinhamento com a política externa americana, inclusive apoiando medidas conjuntas em fóruns multilaterais. O caso demonstra como tratados diretos BRICS e EUA são perfeitamente compatíveis com a adesão ao bloco — ao menos sob a ótica de Abu Dhabi.
A postura dos dois países deslegitima, na prática, o discurso de coesão ideológica do BRICS. Mesmo diante da retórica de enfrentamento ao dólar, ambos seguem comercializando petróleo e ativos estratégicos em moeda americana. A tão promovida moeda comum defendida pelo Brasil não passou de proposta simbólica, como apontado pelo chanceler russo (PODER360, 2025).
O que está em jogo, na verdade, é o interesse de curto e médio prazo. Países do BRICS em diálogo com Washington, como Arábia Saudita e Emirados, demonstram que a adesão ao bloco é antes uma vitrine diplomática do que um real comprometimento com o enfrentamento da ordem americana. A cooperação entre BRICS e americanos, nesses casos, não só persiste — ela se intensifica.
Esse duplo alinhamento, tanto com o BRICS quanto com os EUA, escancara uma lógica oportunista que permeia toda a expansão do bloco. Com isso, reforça-se a percepção de que os BRICS fecham acordos com EUA por conveniência, estratégia e sobrevivência diplomática — e não por afinidade ideológica.

4. África do Sul – Neutralidade ativa e ganhos silenciosos
Entre os países do núcleo original dos BRICS, a África do Sul adota uma abordagem geopolítica baseada em neutralidade ativa. Embora participe de discursos e encontros multilaterais do bloco, sua política externa preserva laços tradicionais com os Estados Unidos. Mesmo sem anunciar novos tratados em 2025, a posição do país demonstra que os BRICS fecham acordos com EUA também por vias discretas. No caso sul-africano, os tratados diretos BRICS e EUA não são novos, mas seguem operando de forma estratégica.
Dois instrumentos principais explicam essa proximidade: o AGOA (African Growth and Opportunity Act), que concede isenção tarifária para produtos exportados aos Estados Unidos, e o TIFA (Trade and Investment Framework Agreement), que fornece uma base formal para cooperação econômica bilateral (WIKIPEDIA, 2025). Ambos estão em vigor e continuam beneficiando a economia sul-africana, mesmo com o país ocupando uma cadeira no BRICS. Isso mostra que a cooperação entre BRICS e americanos não se limita a novos pactos, mas também se sustenta em acordos já consolidados.
Enquanto outros países do BRICS em diálogo com Washington fazem isso com visibilidade — como Índia, Arábia Saudita e Emirados —, a África do Sul prefere um perfil diplomático mais reservado. Ainda assim, sua escolha de manter acordos vigentes com os EUA indica que também faz parte da tendência em que os BRICS negociam com os Estados Unidos por interesse próprio. Trata-se de uma forma de garantir estabilidade econômica interna sem comprometer sua imagem no bloco.
A recusa em endossar, de forma enfática, propostas como a moeda comum dos BRICS — idealizada por Lula e reconhecida por Lavrov como iniciativa brasileira (PODER360, 2025) — reforça essa postura cautelosa. A África do Sul, fortemente dependente de transações em dólar nos setores de mineração, energia e investimentos, evita adotar discursos que a coloquem em oposição ao sistema financeiro ocidental. Isso confirma que os BRICS fecham acordos com EUA mesmo enquanto fingem marchar em bloco.
Essa tática de acordos individuais dos BRICS com os EUA reflete a essência real do bloco: uma coligação de países com agendas muito diferentes. No caso sul-africano, o discurso anti-hegemônico não é traduzido em ruptura. Pelo contrário, a parceria bilateral BRICS–EUA é tratada com discrição, mas se mantém operacional e vantajosa.
Portanto, mesmo sem assinar novos acordos em 2025, a África do Sul contribui para o cenário em que os BRICS fecham acordos com EUA por caminhos formais, institucionais e silenciosos. É o pragmatismo, não a retórica, que dita as alianças reais do bloco.
5. Conclusão – O bloco das aparências e os limites da multipolaridade
A trajetória recente dos BRICS mostra que o discurso de unidade e enfrentamento à hegemonia americana não se sustenta diante da prática. A análise dos membros do bloco, especialmente Índia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e África do Sul, revela um padrão inequívoco: os BRICS fecham acordos com EUA como parte de uma diplomacia baseada em resultados, e não em lealdades ideológicas.
A proposta de uma moeda comum — promovida pelo Brasil e reconhecida por Lavrov como ideia de Lula (PODER360, 2025) — tornou-se símbolo dessa desconexão entre teoria e realidade. Nenhum dos grandes players do bloco demonstrou adesão concreta à iniciativa. Ao contrário, os BRICS negociam com os Estados Unidos intensamente, cada um conforme sua necessidade: seja em defesa, como fez a Arábia Saudita (REUTERS, 2025); seja em comércio, como protagonizou a Índia (AP NEWS, 2025); ou silenciosamente, como no caso da África do Sul (WIKIPEDIA, 2025).
É nesse contexto que a frase atribuída ao estadista britânico Lord Palmerston ganha força e atualidade:
“Países não têm amigos, têm interesses.” (PALMERSTON, 1852).
Essa máxima resume o verdadeiro funcionamento da política internacional e ilustra com precisão o comportamento dos membros do BRICS. A suposta união do bloco não resiste à lógica da soberania nacional e do cálculo geoeconômico. A cooperação entre BRICS e americanos não é contradição; é consequência da dinâmica global realista.
Na prática, os tratados diretos BRICS e EUA vêm moldando a atuação externa de todos os membros, independentemente da retórica adotada em cúpulas e comunicados conjuntos. O que parece ser um projeto de ruptura com o Ocidente é, na verdade, um mosaico de estratégias individuais em busca de sobrevivência, influência e retorno econômico.
A conclusão é clara: os BRICS fecham acordos com EUA porque precisam. A multipolaridade é desejável, mas só é real quando se traduz em ganhos concretos. No mundo das relações internacionais, o pragmatismo sempre vence a utopia. E os BRICS estão apenas confirmando isso.
Gostou do artigo? Então comente, compartilhe e continue com a gente!
O que você achou da análise sobre como os BRICS fecham acordos com EUA, mesmo enquanto sustentam um discurso de enfrentamento à hegemonia americana? Você acredita que essa cooperação entre BRICS e americanos enfraquece o projeto do bloco ou representa uma estratégia de sobrevivência diplomática? 💬
Deixe sua opinião nos comentários! Seu ponto de vista é fundamental para ampliarmos esse debate.
📢 Se você curtiu entender como países do BRICS em diálogo com Washington agem nos bastidores da geopolítica, aproveite para compartilhar este artigo nas suas redes sociais. Isso ajuda a levar reflexões como essa para ainda mais pessoas!
💡 E não para por aqui! Nosso blog Insights do IXG publica análises profundas todos os dias. Confira agora alguns conteúdos que complementam esta leitura:
🔗 O impacto das tarifas americanas no Brasil
🔗 Tarifa de 50% dos EUA: ameaça ou oportunidade?
🔗 Por que não votar na esquerda nas próximas eleições?
🔗 Sigilo estatal no governo Lula: o que está sendo escondido?
🔗 Candidatura de Tarcísio de Freitas para 2026: o que esperar?
🔗 Polarização política: ainda há espaço para consenso?
📲 Marque seus amigos, envie para os grupos e volte amanhã para mais um conteúdo exclusivo. Aqui no IXG, o conhecimento é o nosso ponto de partida!
Referências
AP NEWS. Vance e Modi se reúnem em Nova Délhi para evitar tarifas dos EUA. AP News, 5 jul. 2025. Disponível em: https://apnews.com/article/036864827d8ec04745512e185e94d1f8. Acesso em: 14 jul. 2025.
FINANCIAL TIMES. Brics nations hit back at ‘emperor’ Donald Trump over tariff threats. Financial Times, 10 jul. 2025. Disponível em: https://www.ft.com/content/20cd337b-4a33-4a5d-ac70-55cca3f102f9. Acesso em: 14 jul. 2025.
PODER360. Ideia de moeda comum do BRICS foi de Lula, diz Rússia. Poder360, 12 jul. 2025. Disponível em: https://www.poder360.com.br/poder-internacional/ideia-de-moeda-comum-do-brics-foi-de-lula-diz-russia. Acesso em: 14 jul. 2025.
REUTERS. Trump inicia visita ao Golfo buscando grandes acordos econômicos. Reuters, 13 maio 2025. Disponível em: https://www.reuters.com/world/trump-starts-gulf-visit-seeking-big-economic-deals-2025-05-13. Acesso em: 14 jul. 2025.
THE GUARDIAN. The Guardian view on Brics growing up: A new bloc seeks autonomy. The Guardian, 13 jul. 2025. Disponível em: https://www.theguardian.com/commentisfree/2025/jul/13/the-guardian-view-on-brics-growing-up-a-new-bloc-seeks-autonomy-and-eyes-a-post-western-order. Acesso em: 14 jul. 2025.
WHITE HOUSE. U.S.–UAE joint leaders’ statement: Dynamic strategic partners. White House Archives, 23 set. 2024. Disponível em: https://bidenwhitehouse.archives.gov/briefing-room/statements-releases/2024/09/23/u-s-uae-joint-leaders-statement-dynamic-strategic-partners. Acesso em: 14 jul. 2025.
WIKIPEDIA. South Africa–United States relations. Wikipedia. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/South_Africa–United_States_relations. Acesso em: 14 jul. 2025.
1. Por que os BRICS estão fazendo acordos com os Estados Unidos?
Os BRICS fecham acordos com EUA por interesses nacionais estratégicos. Embora o bloco promova um discurso de enfrentamento à hegemonia americana, cada país age de forma autônoma para proteger sua economia e segurança. Exemplo disso são os acordos comerciais da Índia e os investimentos bilionários entre Arábia Saudita e EUA.
2. A proposta de uma moeda comum entre os BRICS ainda está de pé?
Não com força real. Segundo o chanceler russo, a ideia foi proposta pelo Brasil, mas recebeu pouca adesão. A maioria dos membros mantém relações sólidas com o dólar e preferem acordos bilaterais com os EUA. Por isso, a criação de uma moeda única segue distante.
3. Existe risco de fragmentação do BRICS com esses acordos individuais?
Sim. Embora ainda haja reuniões e declarações conjuntas, os BRICS negociam com os Estados Unidos separadamente, o que evidencia uma falta de coesão. A diplomacia do bloco está cada vez mais baseada em interesses pontuais e não em um projeto unificado.
4. A África do Sul também tem parceria com os EUA?
Sim, embora de forma mais discreta. A África do Sul mantém acordos históricos com os Estados Unidos, como o AGOA e o TIFA, que favorecem seu comércio e investimentos. Mesmo sem assinar novos pactos em 2025, sua cooperação com os americanos continua ativa.
5. Isso significa que os BRICS estão alinhados aos Estados Unidos?
Não exatamente. O bloco continua promovendo uma narrativa de autonomia, mas a prática mostra que os BRICS fecham acordos com EUA por pragmatismo. Cada país toma decisões com base em seus próprios interesses, confirmando a frase: “Países não têm amigos, têm interesses.”
6. Os BRICS ainda têm relevância geopolítica com tantos acordos bilaterais com os EUA?
Sim, mas sua relevância está mudando. Os BRICS continuam sendo um fórum importante para articulações políticas e diplomáticas, especialmente entre potências emergentes. No entanto, à medida que os BRICS fecham acordos com EUA individualmente, o bloco se distancia da proposta original de unidade e ganha um caráter mais simbólico do que efetivo.
7. A entrada de novos países nos BRICS fortalece ou enfraquece o grupo?
Ambos. A expansão para dez membros aumenta a diversidade e alcance do bloco, mas também torna a coordenação mais difícil. Como mostrado no artigo, países como Arábia Saudita e Emirados Árabes mantêm acordos sólidos com os EUA, reforçando que tratados diretos BRICS e EUA são comuns e, às vezes, contraditórios com os objetivos declarados do grupo.
8. Os acordos com os EUA foram motivados pela volta de Trump?
Sim, em parte. A retomada da presidência por Donald Trump em 2025 aumentou a pressão comercial sobre países do BRICS. Como resposta, vários membros buscaram acordos individuais com os EUA para evitar sanções e preservar seus mercados estratégicos.
9. Há divergência interna dentro do BRICS sobre como lidar com os EUA?
Sim. Enquanto países como Brasil e Rússia tentam manter uma linha mais ideológica, outros como Índia, Arábia Saudita e Emirados Árabes adotam uma diplomacia mais flexível. Isso acentua as diferenças e reforça que os BRICS negociam com os Estados Unidos de maneira assimétrica.
10. O BRICS pode deixar de existir diante dessa fragmentação?
Não no curto prazo. O BRICS ainda serve como uma plataforma útil de articulação simbólica. No entanto, se a tendência continuar e os BRICS fecham acordos com EUA com frequência, a credibilidade do bloco como alternativa ao Ocidente pode ser permanentemente comprometida.
Descubra mais sobre Insights do IXG
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
Respostas de 2
Of course, what a fantastic blog and educative posts, I will bookmark your blog.Have an awsome day!
Thanx for the effort, keep up the good work Great work, I am going to start a small Blog Engine course work using your site I hope you enjoy blogging with the popular BlogEngine.net.Thethoughts you express are really awesome. Hope you will right some more posts.